Publicada em 30/08/2019 às 11:31
Pesquisadores da USP de Ribeirão Preto descobriram uma forma de detectar o mal de Parkinson com ajuda de um exame de ressonância magnética.
O Parkinson é uma doença crônica. Provoca a morte de células do cérebro, principalmente, na área responsável por controlar os movimentos do corpo. A aposentada tem a doença em estágio avançado e mesmo tomando 12 remédios por dia tem dificuldade para andar e falar. “É a coisa mais horrível que tem”, diz.
O Parkinson ainda não tem cura, mas pesquisadores da USP de Ribeirão Preto encontraram uma alternativa que pode ajudar no controle da doença.
Os pesquisadores já sabiam que quando um paciente que tem a doença de Parkinson morre, ele sempre apresenta um acúmulo de ferro no cérebro. Agora eles descobriram que dá para identificar essa presença de ferro em um exame que já é considerado de rotina nos hospitais. A ressonância magnética.
Os médicos passaram dois anos comparando exames de pessoas saudáveis com os de pacientes que têm a doença. Criaram um sistema para deixar a imagem diferente. As cores mudam e a área onde a concentração de ferro é maior fica mais branca. “Nós fizemos um cálculo matemático onde foi possível obter a informação da concentração de ferro e aí então essa nova imagem apresenta regiões que possuem concentração de ferro elevada ou baixa”, diz o físico médico da USP, Jeam Haroldo Oliveira Barbosa.
Com o resultado, ainda não dá para dizer se o ferro é a causa ou a consequência da doença de Parkinson, mas já é considerado um avanço para o tratamento. “Pode ajudar a gente em acompanhar a progressão da doença, em verificar, por exemplo, se algum tratamento impede esse acúmulo de ferro. Pode estar associado ao agravamento da doença. São coisas que a gente vai precisar responder. Mas, ele tem essas utilidades”, explica o neurologista Vitor Tumas.
Fonte: G1
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