Publicada em 23/02/2022 às 08:11
O leiomioma ("mioma") uterino é a neoplasia benigna mais comum no trato genital feminino e mais frequente nas mulheres no período reprodutivo.
Quando sintomáticos, os principais achados clínicos são: fluxo menstrual excessivo, dismenorréia e dispareunia (dor), sintomas urinários. Estes sintomas podem prejudicar a qualidade de vida da mulher, e as vezes, motivar tratamentos cirúrgicos e/ou embolizações minimamente invasivas, além das terapêuticas clínicas.
Um estudo retrospectivo, publicado em junho de 2021 por Dr. Çağlayan Çakır e demais autores, utilizou imagens de ressonância magnética (RM), antes e após o procedimento de embolização, em mulheres com miomas uterinos, para calcular uma razão que pudesse predizer a redução de 50% ou mais do volume dos leiomiomas.
Os pesquisadores demonstraram diferença estatística (p < 0,05) em um índice entre a intensidade de sinal (IS) do mioma dominante em relação a intensidade de sinal do musculo iliopsoas. A razão é calculada em uma sequência específica de ressonância magnética ponderada em T2, com ponto de corte de 2,8, demonstrando valor preditivo positivo (VPP) de 92,3%, especificidade de 88,9 e sensibilidade de 57,1%.
O cálculo da relação de intensidade do sinal (IS) nas imagens por RM é um método prático na rotina diária. E essa avaliação quantitativa tem uma utilidade potencial, além de ser um estudo não invasivo. Tudo isso tem animado bastante a comunidade médica que está sempre em busca de marcadores preditores de tratamento para as pacientes com indicação alternativa de embolização da artéria uterina, com intuito de preservação do útero e potenciais condições de fertilidade.
Américo Mota
FONTE: Instituto Ammo
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