Publicada em 26/08/2019 às 09:19
Diagnosticar uma doença, muitas vezes, não é tarefa fácil. No caso dos problemas auditivos, no entanto, dois exames de imagem solucionaram essa dificuldade devido à eficácia no reconhecimento da surdez: a ressonância magnética e a tomografia computadorizada.
Isso porque são exames complementares de alta resolução anatômica, permitindo uma análise detalhada das estruturas do ouvido, informa o diretor-médico e radiologista do laboratório Pasteur Marcelo Canuto. Ainda assim, é preciso que um especialista diferencie os tipos de déficits de audição, sejam eles parciais ou totais, antes de optar por cada exame.
Origem
A deficiência pode ser congênita ou adquirida ao longo da vida. Mais do que isso, ela é classificada em surdez condutiva ou neurossensorial. “O primeiro acontece quando existe qualquer falha na transmissão do som até o ouvido. Já no caso neurossensorial, mesmo o som chegando nos centros cerebrais da audição, por alguma razão o cérebro não consegue processar o estímulo sonoro”, explica Marcelo.
Diante disso, completa o médico, a tomografia computadorizada é mais indicada quando a perda auditiva é do tipo condutiva, enquanto que a ressonância magnética é mais aconselhada para o segundo caso. “Essa diferenciação se dá pelo fato de que os exames investigam partes diferentes dentro do ouvido. A tomografia, que utiliza raios X, consegue detalhar melhor as estruturas ósseas. Já a ressonância, que utiliza ondas de radiofrequência em um campo magnético, avalia as estruturas membranosas do ouvido interno e as doenças intracranianas”, acrescenta. Segundo Canuto, além de os exames serem de curta duração e pouco invasivos, apostar no diagnóstico precoce ao primeiro sinal é garantir um tratamento mais eficiente.
Para a dona de casa Rosângela Cristina da Silva, 34 anos, mãe de Tauan, 14, que adquiriu deficiência auditiva após uma crise convulsiva, garantir um diagnóstico preciso é fundamental. “Sofremos muito até descobrir o que ele tinha, pois nenhum exame era tão específico. Hoje, ele usa um aparelho que recupera quase toda a audição”, diz.
Quando não há prevenção
Em todos os casos de surdez congênita, a prevenção, de fato, não existe. Por outro lado, a perda da audição adquirida ao longo da vida pode ser evitada ou, pelo menos, minimizada. Isso porque, muitas vezes, o problema possui algumas principais causas.
Entre elas, algumas infecções virais, sequelas de meningite, fraturas no ouvido após algum acidente ou até tumores, como o Neurinoma do Acústico. Além disso, o médico Marcelo Canuto também destaca os episódios repetidos de otite e a otoesclerose, doença que ataca o osso de determinada região do ouvido, fazendo com que ele fique amolecido e, posteriormente, enrijecido.
“O cuidado é fundamental, pois a otoesclerose afeta a transmissão do som. Além disso, as gestantes também precisam se preocupar com algumas infecções que podem levar à má formação do ouvido do bebê”, conclui.
No Brasil, 28 milhões de pessoas têm deficiências auditivas, ou seja, mais de 14% da população. Deste total, algumas nascem com surdez, outras desenvolvem os problemas ao longo da vida, por causa de acidentes ou doenças, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Fonte:jornaldebrasilia.com.br
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