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Radiologia

Combinação de técnicas aumenta as chances de diagnóstico do câncer de próstata

Publicada em 27/09/2019 às 10:14

Técnicas de biópsia direcionadas, combinando imagens da ressonância nuclear magnética (RNM) multiparamétrica e da ultrassonografia (US), parecem aumentar as taxas de detecção de câncer de próstata clinicamente significativo e podem influenciar nos critérios futuros para entrada e manutenção da vigilância ativa. Esta posição foi defendida pelo Dr. Sanoj Punnen, na 68ª Convenção Anual da Sociedade de Urologia da Flórida. Neste encontro foram discutidos os benefícios da chamada “biópsia fusionada” (onde há a fusão das imagens obtidas previamente pela ressonância com as imagens encontradas pelo radiologista durante a ecografia, foram revisados os critérios que quantificam o risco de termos um câncer de próstata após a realização de uma ressonância nuclear magnética multiparamétrica (conhecido como PI-RADS, criado em analogia ao BI-RADS do câncer de mama) e o potencial uso das imagens do exame de ressonância multiparamétrica como critério da vigilância ativa.

 

“Os critérios atuais para vigilância ativa, penso eu, nunca foram criados a partir dos resultados encontrados com essas novas tecnologias”, explicou o Dr. Punnen à platéia. “Deveremos revisar alguns desses critérios para refinar os mesmos”.

A biópsia fusionada entre RNM e US é a mais avançada tecnologia em biópsia direcionada, somando as imagens obtidas pela RNM com a ultrassonografia em tempo real, buscando fazer com que a agulha retire o material exatamente das áreas que mostraram estar alteradas.

 

Uso da biópsica para detectar câncer de próstata

Um estudo prospectivo, realizado pelo National Cancer Institute, biopsiou 1.003 homens, entre 2007 e 2014, realizando exames sextantes (abordagem tradicional) e biópsias direcionadas, de forma consecutiva. Ambos os métodos detectaram câncer de próstata de maneira semelhante. Entretanto, as biópsias direcionadas diagnosticaram 30% mais pacientes com câncer de próstata agressivo (que necessitam tratamentos mais agressivos e que, caso haja demora no diagnóstico, podemos ter a evolução desfavorável da doença). Além disso, a biópsia feita a partir da fusão de RNM e US detectou 17% menos câncer de próstata dito indolente, ou seja, o tipo de neoplasia que pode apenas ser acompanhada através de protocolos de vigilância ativa.

 

Para isso foram utilizados os critérios de PI-RADS, uma classificação de risco para câncer de próstata baseados nos achados da RNM multiparamétrica. Um escore de PI-RADS igual a 1 significa que é muito improvável que o paciente tenha um câncer de próstata clinicamente significativa ao passo que PI-RADS 5 mostra uma grande probabilidade de diagnosticarmos uma neoplasia agressiva ao biopsiarmos aquela região.

 

Embora a biópsia fusionada tenha maior acurácia, Dr. Punnen considera que os falsos-positivos, o custo-efetividade e a retirada de maior quantidade de amostras são as principais preocupações.

“A maioria dos critérios publicados na literatura como necessários para indicarmos vigilância ativa foram baseados nas biópsias antigas, ditas sextantes”, informou o pesquisador. “Quando realizamos a biópsia fusionada a um grupo de pacientes, temos como resultado uma significativa exclusão de potenciais bons candidatos para ingressarem nos protocolos de vigilância ativa, baseados em biópsia não-fusionada; protocolos futuros deverão contemplar os resultados encontrados a partir dessas novas tecnologias, aumentando o nível de confiança na tomada de decisão”.

Fonte: www.urotelles.com.br

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